As
horas na estrada pareciam intermináveis, eu tamborilava os dedos em minhas
pernas ansiosa pelo momento em que eu fosse chegar e finalmente conhecer o
restante da minha história ocultada por tanto tempo.
Vivian
ao meu lado, tentava me tranquilizar:
-
Amiga, se acalme, pelo amor de Deus! Você está me deixando nervosa desse jeito!
-
Vivis, não tem como amiga!! Estou tão ansiosa que poderia comer todas as minhas
unhas!
-
mas não vai mesmo minha querida!! Eu caprichei demais nelas para você estragar
tudo por bobeira! E você já pode ficar tranquila, se erguer a cabeça um
instantinho só, verá que já vamos entrar na cidade, então para de tocar samba
nas pernas, respira fundo e relaxa!!!
Minha
mãe não aguentou e caiu na gargalhada.
-
Só você lindinha para ficar tão tranquila! Mas a Deia não vai sossegar!
Vó
Geni chamou nossa atenção:
-
Cristina, prepare seu coração, em poucos minutos estará diante de seus pais!
Minha
mãe olhou surpresa para vó Geni.
-
Realmente eu estou tentando ficar calma, mas são dezesseis anos longe. Eu nem
consigo prever a reação deles!
Olhando
para minha mãe de forma carinhosa, vó Geni apenas respondeu:
-
Já irá saber! Estacione na frente daquela casa de tijolo à vista!
Minha
mãe parou diante da casa, muda de surpresa e apenas murmurou:
Vó
Geni bateu palmas e eu estranhei pelo fato da casa não possuir uma sineta que
fosse para chamar os donos da casa.
Em
poucos instantes, um casal de idosos apareceu na porta.
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