13.6.12

CAP. 36 - REENCONTRO


Olhei aquele casal que até agora eram tão estranhos e ao mesmo tempo tão íntimos para mim. Minha mãe não teve iniciativa e permaneceu parada no portão, ao passo que eu também não conseguia articular palavra e limitei-me a abraçar-me a ela.

Vivi, sem saber o que fazer, segurou no braço de vó Geni sem saber o que fazer diante de uma situação que nem ela, com tanta descontração, era capaz de dominar.

Vó Geni foi quem quebrou o gelo e tomou a iniciativa:

- Como vai Dora ? Como vai Renato ?

Minha verdadeira avó estava trêmula e aproximou-se de nós:

- Geni... você as trouxe mesmo ?? Essa moça é realmente minha neta ?

Aproximando-se de mim, minha avó biológica tocou em meu rosto e em meu cabelo.

- Meu Deus!!! Quando te vi, você era uma bebê tão pequenina!!! Era um anjinho!!!

Sem conseguir se conter mais, ela me abraçou e permitiu que o pranto rolasse em suas faces. Eu sempre imaginei que no dia em que isso viesse a acontecer, eu me desmancharia em lágrimas, mas a realidade, ali, bem diante de mim, estava sendo bem diferente... eu não conseguia me emocionar... estranhamente, aquela mulher não tinha nenhum valor sentimental.

Meu avô se aproximou de minha mãe, apoiando-se numa bengala:

- Cristina... filha...

Mamãe permaneceu parada, parecendo petrificada. Achei que também ela se derramaria em lágrimas, mas vendo seu comportamento, não consegui prever que tipo de sentimentos e reações poderiam se desencadear.

Meu avô biológico abraçou-a mas minha mãe foi fria, indiferente.

Mais uma vez foi vó Geni que veio em nosso socorro.

- Dora querida, estamos cansadas! Podemos entrar ? Lá dentro conversaremos melhor!

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