4.4.12

CAP. 27 – DESCOBERTAS IMPENSÁVEIS

Afundado no sofá, Tuy não conseguia proferir palavra sobre tudo que estávamos ouvindo. Seria crível que tudo aquilo era a realidade das nossas vidas ????? Meu Deus, tudo mudaria de repente, trazendo um oceano de novidades que exigiriam de nós profundas mudanças diante desse “mundo novo” que se descortinava diante de nossos olhos.

Olhando para a mãe e tendo minhas mãos entre as suas, meu querido pediu para que a mãe continuasse. Sentando-se mais perto de nós, dona Janete continuou:
- Ao chegarmos em I***, Marcela nos aguardava na entrada do hospital:
- Olá!!! Eu sou Marcela, a vizinha do Carlos Augusto e da Sandra! Sendo tão parecido, o senhor só pode ser o irmão dele!

Apertando  a mão que lhe era estendida, Daniel respondeu:

- Sim, sou irmão gêmeo dele! O que aconteceu com a Sandra ??? O Carlos Augusto não nos dá notícias já faz um tempo e nós nem sabíamos que ela estava grávida!

- Eu sei! A Sandra me contava os problemas entre vocês! Só os procurei porque era preciso cumprir as formalidades da lei, senão eu já teria dado entrada no processo de adoção do Arthur!

Sem entender muito aonde Marcela queria chegar, seu pai perguntou:

- Desculpe senhora Marcela, mas não estou entendendo... a senhora disse que deseja adotar o meu sobrinho ? Como... por quê ????

Olhando entristecida para seu pai, sua madrinha continuou:

- O Carlos sumiu e todos os esforços para encontrá-lo foram em vão! Ele apenas me deu autorização por escrito para entregar o menino para o Conselho Tutelar ou para o Juizado de menores! Mas ele é tão lindo e a Sandra queria tanto esse filho que eu não tive coragem de fazer isso e pedi na justiça a guarda temporária para posterior adoção, caso vocês não queiram o menino!

Entendendo a extensão do problema que se apresentava diante de nós, eu e seu pai nos vimos diante de uma decisão difícil de ser tomada, pois eu estava grávida do Luciano. Tomando o lugar de seu pai no diálogo, eu ainda questionei Marcela:

- E a Sandra, como está ?

Deixando que as lágrimas lavassem seu rosto, sua madrinha me respondeu:

- Está em coma! Aquele bruto do Carlos foi de uma selvageria sem tamanho! E eu não vou entregar a criança em orfanato nenhum! Tenho que cumprir a lei e saber se vocês tem interesse de ficar com o menino, mas se não puderem ou não quiserem, terão que assinar o documento abrindo mão da guarda dele!

Fiquei chocada com tudo que ouvira, mas tocando meu ventre, com quase oito meses de gestação, senti um forte impulso dentro de mim e sem consultar seu pai, eu decidi que ficaria com você. Seu pai concordou com minha decisão e juntos decidimos que Marcela seria sua madrinha, pois era justo que a pessoa que salvou sua vida e deu assistência para sua mãe, viesse a ser de alguma forma uma segunda mãe para você.

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